O Instituto Stein, de Cascavel, encontrou no futsal uma poderosa ferramenta de transformação social. Fundado em 2022, o projeto começou com uma escolinha no Colégio Estadual Brasmadeira e, em pouco tempo, se expandiu para 12 polos espalhados pela cidade, atendendo mais de 280 meninas entre 7 e 16 anos. Todas as aulas são gratuitas e têm como objetivo incentivar a prática esportiva e o desenvolvimento integral das participantes.
De acordo com Beto Stein, vice-presidente do Instituto, o foco sempre foi oportunizar o acesso ao esporte para meninas — um público historicamente deixado de lado. “O objetivo, desde o início, foi abrir espaço para elas no futsal, o esporte mais praticado no Brasil, e que ainda é dominado por meninos”, explica.
O impacto do projeto é visível também fora das quadras. Edna Cândido, mãe de duas alunas, destaca o entusiasmo das filhas. “A Larissa, de 12 anos, sempre gostou de jogar bola. Quando descobrimos as aulas do Stein, ela se apaixonou ainda mais pelo futsal. Hoje, ela e a irmã de 7 anos participam, e eu levo também outras meninas da vizinhança. É um projeto que transforma vidas”, conta.
A coordenadora de projetos sociais, Cindy Rodrigues, reforça que a iniciativa vai além da prática esportiva. “Queremos que elas imaginem um futuro melhor. O futsal é uma ferramenta para trabalhar valores como responsabilidade, autocuidado, autoconfiança e convivência. É sobre formar pessoas, não apenas atletas”, explica.
Além de promover a inclusão social e o empoderamento feminino, o Instituto Stein também vê o projeto como uma porta de entrada para quem sonha em seguir carreira esportiva. “Poder contribuir com o futsal feminino e oportunizar conhecimento me enche de orgulho. É sobre abrir caminhos antes inexistentes e mostrar que sonhar grande e sonhar pequeno dá o mesmo trabalho — então, vamos sonhar grande. E juntas!”, afirma Cindy.
As aulas são realizadas de segunda a sexta-feira em diversos bairros de Cascavel, incluindo os colégios Júlia Wanderley, Brasmadeira, Marilis Faria Pirotelli, Santa Felicidade, Acquilino Massochin e centros comunitários como o CEJU e a Associação de Moradores do Bairro Guarujá.
Meninas interessadas em participar podem comparecer diretamente a um dos polos no horário das aulas para preencher a ficha de inscrição, que deve ser assinada por um responsável. Em alguns locais, as vagas são exclusivas para alunas da escola, enquanto outros estão abertos à comunidade. Todas as aulas são gratuitas.
📞 Mais informações: (45) 99963-3349.