Principal responsável pelos treinamentos de goleiros da equipe adulta do Corinthians (futsal), Marcelo Galli nasceu no Estado do Rio de Janeiro, onde deu seus primeiros passos na modalidade, ainda nos anos 80, quando era criança.
A carreira de Marcelo Galli é marcada por títulos dentro e fora do Brasil e ao longo de todo este período, atuou em grandes equipes: Kairat (Cazaquistão), Cerro Porteño (Paraguai), Corinthians, dentre outras, incluindo as seleções do Paraguai, Líbia, Cazaquistão e uma rápida, porém proveitosa, passagem pela seleção brasileira, além de contribuir na formação de goleiros, os quais seguem em plena atividade.
A seguir, Galli fala sobre a transição de goleiro para treinador, que também aconteceu no Rio de Janeiro: “Comecei como preparador de goleiros na base do América FC, por intermédio de um amigo, que já havíamos jogado juntos e na época ele era treinador trabalhava da categoria sub-13, por conta disso, me convidou para ser treinador da base”.
Em meados dos anos 2000, Galli tentou voltar às quadras, mas o destino como treinador de goleiros estava definido: “Na verdade, eu estava tentando voltar a jogar, em 2006, no Vasco, e o Diretor na ocasião, Marcos Bruno, me perguntou se eu gostaria de acumular mais essa função e eu aceitei e fiz as duas funções. Mas eu tive uma auto crítica e busquei me especializar. Voltei a estudar. Não me arrependo, mesmo depois de estar com 30 e poucos anos, e isso me ajuda até hoje, na formatação dos treinamentos e recomendo a todos os preparadores de goleiros, que estudem, busquem conhecimento porque só a parte prática não dá sustentação para o trabalho”, relembra.
Marcelo Galli relembra seus grandes momentos dentro de quadra: “Eu vou deixar um pouco passado de lado. Tive bons momentos no futsal como goleiro, mas prefiro falar um pouco da minha carreira atual como preparador de goleiros. O momento mais importante para mim, dos títulos mais importantes que tenho na carreira, foram os títulos da UEFA, em 2013, com o Kairat e o título da Liga Nacional de 2016 com o Corinthians, porque que era um jejum de muito tempo buscando esse título”.
O treinador de goleiros está desde 2016 no futsal corintiano e depois de tanto tempo de experiência, faz um breve balanço de sua carreira: “A avaliação que faço, do futsal que eu joguei, para o atual, é que hoje é outro esporte e com o tempo, o goleiro tem muito mais atribuições técnicas, dentro da mudança das regras , o fator mais importante que vejo, é o goleiro sair jogando com os pés. E isso não o deixa como um mero defensor o um parador de bolas, mas sim participar e estar inserido dentro do jogo coletivo. Então, pra mim, essas foram as principais mudanças , o goleiro ter uma participação mais efetiva dentro do jogo, o que acho importantíssimo”.
Paralelamente ao trabalho no Corinthians, Galli conta com um CT para a formação de novos (as) goleiros (as) e afirma que tudo é fruto da realização de um sonho: “A ideia do CT surgiu de uma de um sonho meu, de trabalhar na formação de atletas de goleiros. Porque eu acho, que pela experiência que eu tenho e que eu vim adquirindo dentro desses anos todos, como goleiro e como preparador, poderia estar contribuindo com essa molecada que está começando. Então a ideia partiu de um sonho mesmo, de desenvolver as unidades, e eu comecei ali nos ‘Destemidos’ com uma turminha bem pequena e hoje, Graças a Deus já tenho seis anos deste trabalho, já estou com quatro unidades e a ideia é essa. De formação de goleiros , formar goleiros mais completos”.
O futsal, ou o esporte de um modo geral, proporciona o surgimento de muitas amizades. Em cima disso, Marcelo Galli diz quais são seus grandes amigos: “Eu tenho alguns amigos no futsal. O que posso dizer é que não são muitos, mas são verdadeiros. O Djalminha é um deles, um grande amigo, jogamos juntos na base, antes dele ir pro campo. Como preparador de goleiros, tenho o professor Lula, uma das minhas referências até hoje, O professor Fred também, meu amigo e também uma das minhas referências.
Não podia deixar de mencionar o professor Ferretti também, que me deu uma oportunidade para seleção paraguaia, vai quando eu voltava da seleção da Líbia. Enfim, acho que deixei um legado lá no Paraguai também”, encerrou.
FONTE: Gilberto Santos/Assessoria de comunicação